quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A quem tiver a bondade de me responder, por favor:

MASQUESTAMERDA????!!!!!!!!



Dizem que da crise renascem e criam-se talentos desconhecidos.
Mas até nisso a nossa crise é fatela. Cocó é a única palavra que me ocorre depois de ouvir isto. Vontade de fazê-lo, de gritá-lo, quem sabe até cantá-lo.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Não querendo generalizar, mas generalizando

Digam o que disserem, somos um povo peneirento.
Os nossos médicos são peneirentos, os advogados peneirentos são, os estudantes da grande maioria dos cursos são peneirentos. Os nossos políticos, meu Deus, os nossos políticos são peneirentíssimos e mesmo quando decidem ir para o trabalho de mota (sim, eu própria caí na esparrela desse quadro encenado) são peneirentos e afastados da realidade. Nada a ver com os ministros do Norte da Europa que vão para o trabalho de bicicleta e comem na cantina com o resto da malta, como se isso lhes tivesse na massa do sangue.
Agora, o que me deixou de queixo caído até aos cabelos, foi aperceber-me que também temos emigras peneirentos.
Ontem, quando entrevistados numa bomba de gasolina sobre como o aumento dos combustíveis os afectava nas suas vindas à terra, todos eles afirmaram, do alto da sua grande vaidade, que não lhes faz la diference e que lá em Paris de França também não deixavam de ir abastecer por causa dos preços.
Esta mentalidade do trolha, ou taxista em Paris da França, que chega ao Tugal e dá ares de sultão das arábias, é rigorosa e absolutamente fascinante.

*E ignorem toda e qualquer semelhança deste post com um post peneirento.

domingo, 26 de agosto de 2012

Sim, é isto

(...)"O amor e o casamento estão assentes em trabalho e cedência. São baseados na capacidade de ver o outro tal como ele é. Sentir a desilusão e mesmo assim decidir ficar por perto. São baseados em compromisso e conforto e não numa espécie de reconhecimento súbito e histérico"(...) "Se te apoiares na magia e no misticismo, assim que as merdas acontecerem, assim que a vida interferir, a magia vai desaparecer e ficas sem nada onde te agarrares" (...)

*Retirado deste livro, cujo título e a capa delicodoce seriam o suficiente para me manter afastada das suas páginas, mas como foi recomendado pela menina que o traduziu, fui em frente e acabei por lê-lo em modo compulsivo.

Licença de porte de canídeos

Mais do que não aguentar as notícias dos ataques de cães de raça perigosa, estou pelos cabelos com os maluquinhos dos animais, que saltam em defesa do bicho abatido, com verdadeiro espírito terrorista contra quem acha normal que um bicho que mata uma pessoa, desapareça do mapa (sim, também tenho pena que o dono não possa sair de algemas).
Haja anilha para tanta pessoa tontinha.
A sério.
Eu jamais compraria uma arma, tal como jamais compraria um cão com mandíbulas de tubarão e instintos agressivos. A primeira, porque não tenho sangue frio, nem pontaria para ousar premir um gatilho. A segunda, porque não sou uma pack-leader, como diz o mítico Encantador de Cães. Acabaria por ser dominada pelo meu cão-arma, juntamente com o resto da minha fraca matilha.
Ou seja, conheço os meus limites e não sou maluca de os pôr à prova, colocando vidas em risco.
Não preciso de um certo tipo de cão para me afirmar, tal como não preciso de um Ferrari para projectar o tamanho da minha pila, até porque não tenho pila.
Aos tontinhos que tratam cães como pessoas e que se exaltam de cada vez que lhes lembram que os cães são animais, e que até agradecem serem tratados como tal, isso é capaz de se resolver com uns comprimidos. Se não, experimentem um açaime.
E sim, já sei que existem raças pequenas extremamente agressivas, mas nunca se ouviu falar de uma criança morta por um chiuaua.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ET Muuuuuuuu

Sei que tenho que levar o António a ver o gado, quando a irmã está a ver o filme ET na televisão e ele grita: VACA, VACA, VACA! de cada vez que vê o pequeno extra-terrestre.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Um dos anúncios mais intrigantes de sempre

- "Quantos é que somos? Dez milhões? Dez milhões? Quatro bolas de ouro. Quatro bolas de ouro."
Ainda não percebi se é publicidade a um vinho, ou a um bolo de cogumelos mágicos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A vida como ela é

A vida é, também, dor, perda, decepção, lágrimas, abismos e solidão.
A vida é, também, injusta.
A vida não é, só, felicidade e sorrisos e coisas bonitas e gente boa que não decepciona.
A vida é o bom e o mau, a dor e o alívio, o abraço e o desprezo. O pavor e a coragem.
A vida é merdosa e maravilhosa. É começo e fim.
Tentar fechar os olhos a qualquer um dos lados, tira-lhe a plenitude.
A sabedoria está em aceitar que é assim, em não querer forçar só momentos felizes, porque é suposto ser-se sempre feliz.
A sabedoria está em continuar a acreditar que é possível voltar a sentir o sol, depois da sombra. Ou, para os verdadeiramente sábios, conseguir sentir momentos de calor, quando tudo está coberto de neve.
Mas são muitas as pessoas que sentem medo da escuridão e que tentam a todo o custo negá-la, fechando-lhe os olhos. Esquecendo que a verdadeira escuridão, é a de quem se recusa a ver a vida como ela é. Feia e bonita.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Para Ti

Queria levar-te a dor embora.
Queria poder soprar um desejo de paz e que a paz acontecesse para ti, sem que tivesse nome de fim.
Queria poder arrancar-te as angústias e afirmar-te, com a certeza daqueles que tudo viveram e sabem, que tudo ficaria bem, que poderias descansar dos medos, abismos, dúvidas e solidão.
Queria descobrir-te um amor que te visse tal como és por dentro, esquecendo todas as outras camadas que, apesar de terem feito de ti quem és, impedem tantos de chegarem aí, onde tudo é bonito e profundo, com medo de se magorem, por te amarem tanto.
Queria fazer com que acreditasses que sim, que é mesmo possível, porque coisas boas são possíveis para ti.
Queria dizer-te que ficarás bem de qualquer forma, pois a tua forma é daquelas que transcendem conceitos e estéticas.
Podes ter que abrir mão de algumas coisas que te acompanharam e que compõem o que és por fora, mas a tua força, a tua beleza, está toda aí dentro. Dentro de tudo aquilo que importa. Dentro de ti.
És a minha heroína.
E sim, tudo vai ficar bem.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Coisas demasiado fascinantes para passarem em branco

Porque é que a senhora, ou o senhor, que tenta vender-me um colchão, um fogão, uma almofada, um aquecedor, um esquentador, um penso higiénico, tem sempre um produto igualzinho em sua casa e está muito satisfeita?
Porque é que certas pessoas que põem à venda o que quer que seja, parece que nos fazem um favor quando nos mostramos interessados em comprar?

Novo Estilo de Vida

Não sei jogar xadrez, nem percebo muito de estratégias de marketing, nem de auto promoção da minha básica e desinteressante pessoa.

Estou farta de gerir a vida real e tentar aceitar que também há quem gira a vida virtual, com profissional afinco.
Estou cansada de pessoas cuja vida gira em torno de uma página de internet e que vão deitando lenha, ou água nos status e posts, conforme as suas carências.
Ah, agora preciso de atenção, vou dizer isto.
Ah, agora preciso de 100 comentários, vou inventar aquilo.
Agora vou bloquear este para não ver isto que publico.
Agora vou permitir àquele que leia aquilo que me convém.
Agora vou animar isto um bocadinho e fazer um status misterioso, à medida do que preciso.
Agora vou criar suspense, agora vou amuar, agora vou bloquear, trocar amigo por conhecido, gerir quem vê fotos, status, partilhas e o diabo a sete.
Ah, queres ver o que é que é bom para a tosse, meu sacana? Lixaste-me a vida, disseste mal de mim? Então toma lá, vou desamigar-te do facebook!
Não tenho ânus suficientemente largo para esta merda supostamente séria, mas que, se formos a ver bem, é de um ridículo extremo.
A partir de hoje escreverei o link nos favoritos, para que não me esqueça jamais da importância relativa a dar a este novo modo de vida:
www.queroqueofacebooksefoda.com



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Book Lovers para as Mães

O Livro da Criança, Mário Cordeiro

15 euros (com portes para Portugal) VENDIDO!

 A Criança e a Disciplina, T. Berry Brazelton
A Criança e o Choro, T. Berry Brazelton
10,50, os dois livros (com portes para Portugal)

Se estiverem interessadas, enviem mail para:
avontaderegresso@gmail.com

*Não sei porquê, mas hoje não consigo inserir as imagens dos livros. Terão que clicar no link para verem.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Duas Questões Absolutamente estúpidas

-As minhas t-shirts estão a ser comidas vivas. Não sei o que lhes anda a morder, mas são sempre dois buraquinhos no mesmo sítio. Das 12 t-shirts que tenho, 10 têm pequenos buraquinhos na zona do umbigo.
Pensei que poderiam ser traças com fetiche por zonas de umbigo de t-shirts e mudei a roupa toda de sítio, além de ter enchido o armário com saquinhos de cheiro a casa de velha.
Não resultou.
Pensei que poderia ter apanhado uma espécie de verme no umbigo (bilhequeeeee), com fetiche por t-shirts, mas não. Tirando o cotão acumulado, está limpinho.
Vai daí, gostava de saber se existe alguma associação de vítimas de buracos de t-shirt, ou se mais alguém anda a ser atacado por este mal.
- Não consigo parar de ver os Jogos Olímpicos e gostava de saber se é só a mim que acontece, ficar subitamente fã de desporto, quando no resto dos anos, não lhe ligo rigorosamente nenhuma.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Fauna Balnear

Não sendo fanática de praia, muito pelo contrário, tenho dado por mim a ceder à vontade dos putos e a enterrar a pata no areal, quase todos os dias (louvado seja o Senhor, que me louve).
Apesar de viver relativamente perto do Guincho, essa praia bela e temperamental, a realidade é que sempre que lá vou, passo o tempo a levar com areia na tromba e a tiritar de frio, agarrada aos meus pertences, para que não voem para os lados da Nova Zelândia. Vai daí, este ano, cortei relações com o Guincho. O Guincho quesefoda.
Abracei as praias de Cascais, em todo o seu esplendor.
Como são praias mais fofinhas e acolhedoras , depois de quase 2 semanas a levar os putos, já conheço quase toda a gente de cor.
Temos os bandos de velhas (as únicas que conseguem chegar antes de mim ao cenário), que gostam de ficar com água por baixo da coxa, na conversa e, desconfio, que a mijarem-se toda a santa manhã, pois a água está sempre um caldinho nessa zona.
Temos os maridos das velhas, que machos como são, não sentam o rabo na areia. Passam as horas matinais, de pé e de mãos nas ancas, falando de política.
Temos as mulheres rijas como aço, que percorrem a praia de um lado ao outro, dentro de água. Para trás e para a frente, para trás e para a frente, para trás e para a frente, como se quisessem chegar a um sítio que jamais alcançarão.
Temos as velhas que se plantam nas rochas cheias de mexilhão e que deixam descair a alça do fato de banho, quase até ao nível do piso térreo, lado a lado com os velhos que parecem padecer de pé de atleta no mais profundo estado de inflamação e cujas unhas se confundem com os próprios mexilhões.
Temos aquele casal de espanhóis com uma filha pequena, que, de cada vez que a miúda quer arrear o calhau, a mãezinha pega nela e, ao invés de sentar a miúda no balde da praia, ou levar uma fralda para o efeito, deixa-a cagar na areia, para depois fingir que tira a merda com um lenço.
Temos o grupo de amigas que faz questão de encostar as toalhas nas nossas toalhas, com amor e dedicação, pois que não há mais areia para se plantarem, além daquele meu quadradinho.
E temos finalmente a rainha das velhas. Aquela senhora dos seus 80 anos, que faz topless e come muitas uvas com grainha à beira mar, fazendo-me sempre temer pela minha integridade física, pois não raras foram as vezes que íamos tropeçando os três nas suas mamas.
E assim é a praia. As crianças adoram e eu vou e gelo as canetas na água horas e horas e cavo buracos onde encontro cotonetes e beatas (de cigarro, entenda-se) e piscinas, onde molhamos os nossos 6 pés.





terça-feira, 7 de agosto de 2012

Enquanto conduzo, surgem as grandes questões metafísicas

- Mãe?
- Sim
- Os teus avós já morreram?
- Quase todos, ainda tenho uma avó´.
- A bisa?
- Sim.
- E foram para onde? É verdade que foram para o céu?
momento rápido de reflexão. Opto pela resposta mais apaziguadora.
- Foram, claro.
- E o que é que eles ficam lá a fazer?
- A tomar conta de nós. Transformam-se em anjos, nos nossos anjos pessoais.
- Com asas?
- Sim.
- Mãe?
- Sim.
- Eu não quero que morras antes de mim.
vários foda-se's para dentro e silêncio.
- Podemos falar noutra coisa qualquer?
- Achas que agora dá para falarmos das sementinhas?
- Queres falar de agricultura? Boa!
risos sádicos da minha filha.
- Não, mãe. Falar das sementinhas na tua barriga. Como é que eu fui parar dentro da tua barriga.
Por segundos, penso numa saída fácil, como  guinar o volante para cima de outro carro.

domingo, 5 de agosto de 2012

pequena perguntinha

As pessoas que metem botox, estarão mesmo convencidas da invisibilidade do procedimento? Acham mesmo que parece natural?
Se sim, tenho uma bomba a largar-lhes na face cheia pela seringa:
NOTA-SE.

Lista de Procedimentos de Emergência

Não sei se sonhei, mas tenho ideia que os pilotos têm uma lista de coisas a confirmar, no caso de alguma coisa correr mal.
Não é que não a saibam de cor, mas em situações de stress, o nosso cérebro bloqueia.
Vai daí, lembrei-me que não será má ideia fazer, desde já, uma lista semelhante para as crises de meia idade. Sendo que a meia idade pode ir dos 40, aos 70 anos e envolver bloqueios cerebrais que nos impedem de raciocinar com coerência.
Já tenho a primeira alínea desta lista:
a) Apesar de poder ter passado algum tempo, desde a última vez que sentiste os ardores da paixão, não te deixes levar por um piropo.  Pois quando chegarem os problemas de circulação, incontinência e demência, é mais importante teres alguém ao teu lado que partilhe contigo um pacote de fraldas e se lembre onde deixaste as chaves de casa, aquecendo-te os pés durante a noite, do que alguém que te diga que ainda tens um rabo firme.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O amor

não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente.
F.P.

A Partilha Forçada

Nos meios onde pululam putos e suas mães (eu incluída), tenho assistido várias vezes à imposição da partilha dos brinquedos com crianças desconhecidas.
Passa um puto terrorista e rouba um brinquedo de uma criança e a mãe desta começa numa cantilena do género:
- Empresta ao menino, vá, não faz mal. Não sejas assim, temos que partilhar.
A criança olha a mãe, sem entender patavina, de lágrimas nos olhos, chocada. Mas a mãe, querendo ser agradável com a mãe do puto chato, continua:
- Não faz mal, ele pode brincar.
E o filho olha-a, em prantos, sem perceber porque raio a sua própria mãe prefere ver um estranho brincar com o seu carrinho e não o defende da usurpação.
Pois eu digo BASTA!
Chega de gamarem brinquedos ao meu querido puto.
Uma coisa é partilhar com os irmãos, primos, amigos. Agora com perfeitos desconhecidos?
No way! Tenham lá santa paciência, mas quando um puto passa e agarra na pá e no balde cheio de pedrinhas acabadas de apanhar do meu filhote, como se o mundo fosse dele, aqui esta mãe exige a sua devolução imediata, muitas vezes com olhares demoníacos, que, por si só, destroem a vontade do pequeno bully.
Pedagogicamente duvidoso?
Provavelmente sim, mas caguei.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Pilim

Não deixa de ser fascinante, em termos sociológicos, ou  arqueológicos, verificar a relação esquizofrénica que cada um tem com o seu dinheiro. É mais ou menos como a questão da comida, mas mais complexa ainda.
Temos as pessoas que têm pouco, mas que gostam de aparentar ter muito.
Temos as pessoas que têm algum, mas que não conseguem largar o síndrome de não ter cheta e pensam que têm que aparentar não ter nenhum, pois parece mal ter algum.
Temos os ricos forretas, que gostam de passar por pobres, os ricos que padecem de incontinência monetária, passando os dias a estudar e inventar necessidades urgentes onde gastar o seu dinheiro, os ricos que não conseguem decidir se já são ricos, ou se ainda não conseguiram atingir o patamar e vivem na angústia do limbo.
Temos os que pensam que estão sempre a tentar ir-lhes ao bolso e que tornam uma relação saudável virtualmente impossível.
São raras as pessoas que têm uma relação equilibrada com o dinheiro e isto é triste à brava e chato também, pois nunca sabemos bem como falar sobre esse bicho, como abordá-lo, como descomplexá-lo, quando há muito, ou quando há pouco.