quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Queria dizer tanta coisa



Sobre cancro, irmãos, solidão, desamor, esperança, perda de esperança e amor de novo; falta dele, excesso dele e a medida certa desse sentimento que nos rege a vida inteira, quer por o termos, por nos sufocar, por não o conhecermos, por entendermos que não o merecemos.
Acho que o disse no meio das linhas que em breve vos pertencerão e agora simplesmente não consigo falar sobre isso.
O mesmo problema de sempre: Escrevo e deixa de me pertencer. Mas um dia ainda me dirão que tudo isto acontece a todos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

S.O.S Patriotismo em Crise

Regressada de uma merecida viagem de três dias a uma capital europeia (já lá vai mais de um mês, mas pronto), concluo mais uma vez que só quem não viaja muito pela Europa é que é capaz de achar Lisboa a primeira maravilha do velho Continente.
Ainda temos um longo, para não dizer interminável, caminho pela frente até chegarmos aos calcanhares da maioria das capitais europeias, ou até mesmo das cidades periféricas e terciárias de outros países da Europa.
Andar a pé por Lisboa ainda é uma experiência de sobrevivência para mim. Sobrevivência ao mau cheiro, à merda no chão, à falta de espaço para peões, à sujidade entranhada, às esplanadas de plástico a dizerem sumol.
Andar por Lisboa ainda tem muito mais de cansaço do que de descontração.
E, apesar de existirem já vários sítios que fazem concorrência séria a estabelecimentos de qualquer outro país, a maioria das zonas de Lisboa é uma valente merda e sinto-me num esforço constante por achar bonito, completo, ao melhor nível, quando não deveria ter de ser um esforço.
Tenho a certeza de que quando os meus roteiros de viagem se alterarem para outros países a sul do Deserto do Saara, a minha perspectiva se alterará e regressarei a Lisboa e ao aeroporto da Merdela (mais conhecido por Portela) de lágrimas comovidas na fronha. Até lá, e peço desde já desculpa aos patriotas mais sensíveis, somos uma rebarbada merda.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

com tanta coisa que inventam

para quando uma incubadora para o nosso próprio cérebro?
Ficaríamos de fora, a vê-lo recuperar de prematuridades e reacções tardias, velando pelo seu repouso, mas sem neurónios em funcionamento que nos retirassem do estado de total esvaziamento.
Nós numa cadeira de balouço com zero pensamentos, descansaríamos dele.
Ele na incubadora a descansar de nós.
O idílio.