sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Escrever

"Mas quero também a solidão do escritor, a sós com a sua responsabilidade. Não quero a torre de marfim nem uma vida de ausência e alheamento, mas quero e preciso da solidão, do silêncio, do meu ritual, do meu tempo. Porque não há nada de leviano no acto da escrita. Boa ou má, ela precisa de quem a respeite, de quem a compreenda. Escrever é viver intensamente e depois desligar-se intensamente. É um farol que varre o mar, alternando a luz com a escuridão, a presença com a ausência"
(...)
"Eu não sei dizer: sei apenas olhar e sei que, olhando, olhando sempre, vendo o que merece ser visto, eu hei-de escrever"


MST-Não Se Encontra o que Se Procura

É por isto que o Miguel Sousa Tavares me torna cativa daquilo que escreve logo nas primeiras linhas e que detém um dos primeiros lugares no pódio do meu coração de leitora, que emudece sempre no instante em que começo a lê-lo.

1 comentário:

Ana. disse...

Eu também gosto muito, mesmo muito do que ele escreve, mas depois ouço-o falar e borra-se-me o enamoramento todo!